sexta-feira, setembro 02, 2005

Ainda o Irmão Celso

Tenho que voltar atrás. Primeiro, para saudar o verdadeiro campeão do Cassoco, o Fernando Alves - que nos presenteou com uma estreia de gala. Repararam nos nomes que ele juntou? E, como sempre, estou com ele: força Weah! África bem precisa de líderes diferentes.

Dou outro passo atrás, para responder à Rita.

De facto, o "Velha", cujo nome completo é Américo Vieira Lopes, deu umas chicotadas no Irão Celso e depois fugiu pela janela, servindo-se do cabo do pára-raios.

A atitude teve, todavia, efeitos e o Américo acabou por ter que recorrer ao Liceu Salvador Correia, em Luanda.

Mas, já agora que estou com a mão na massa, posso adiantar alguma coisa sobre o Irmão Celso, o marista de quem se tinha medo.

Houve um ano que foi meu professor de Religião e Moral, uma cadeira para a qual não havia nota, mas a cujas aulas era obrigatório assistir.

O Irmão Celso passava a vida a assustar as colegas, dizendo-lhes que estavam a caminho do pecado e do inferno porque andavam a "provocar os jovens, com os decotes e as saias curtas".

Coitadas! Era ainda o tempo dos saiotes e, por conseguinte, das saias em balão, abaixo do joelho. Lembro-me de tentar contar-lhes as saias. Havia uma que usava sete debaixo da bata.

Estou a lembrar-me da Lena , da Dalida, da Dórida, da Felicidade, dos rostos delas, de todas as outras, arrasadas, surpreendidas, assustadas e o Irmão Celso, carregando nos esses e nos errres, apontando o dedo. Eram 50 minutos por semana de verdadeiro pesadelo.

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