A 2 de Julho, a capa anuncia Humberto Madeira a chegar brevemente a Luanda, onde veio actuar a convite da Cuca. No interior, três páginas por mór do desacato numa sessão de luta livre. Era habitual e costumeiro. E continuou a ser. Era como por pimenta na sopa ou gindungo no molho. E quanto mais «molho» mais aquece a alma, mais gente volta na próxima.
Se fosse vaidoso havia de acusar Rola da Silva de me querer lixar com aquele tipo de letra miudinha. A culpa não era, bem entendido, dele, que escrevia demais, mas do ponto de vista do paginador, que tinha de encolher o texto por mór do espaço. Descortinei que era sobre racismo ou racistas, uma chatice! Sempre houve.Não deixou de haver e a avaliar pelo que vai acontecendo,lá no fundo da África, não se irradica e nem precisa de brancos.
Castro Lopo já vai (ia, sim senhor) na vigésima crónica sobre Paiva Couceiro. Esta enche duas páginas e inclui duas fotos: D.Carlos e João Franco. Não dá para ler tudo aos pitosgas, como eu, mas deixo um cheirinho: «...além disso havia certas «forças ocultas» da oligarquia financeira de «sugadores» do Ultramar, com assento especialmente nas cidades de Lisboa e Porto, bem como aventureiros da baixa política, a quem não convinha que Couceiro voltasse a ocupar o governo de Angola»!
É só para dar um ar da bondade do cronista!
Angerino de Sousa explica Luanda a alindar-se com curvas e contra-curvas, à mistura com teorias de urbanização. Ruas amplas, com divisória a meio, mas, gaita, sem prédios ou edifícios ou lá como isso se chama!. O que é chato porque, a seguir, aparece Saint Maurice a mostrar Milão, com enormes casas, mas sem extras, com curvas e contra-ditas. O Scala, a Catedral ou as galerias do Dômo. Deve ter-se esquecido de um «teatrito»,que há por ali! Pena que Leonardo Da Vinci apareça tão minúsculo! Os paginadores são (eram) impiedosos...
Paraquedistas civis e voluntários, gente comum, saltou de paraquedas e, pela primeira vez em território nacional,com muito gáudio barrista, tal como a água, que era do Bengo, e nos foi mostrada exaustivamente. Mostrada e bem explicada por Angerino.
E Humberto Madeira lá chegou a Luanda, bem avisado. Tanto, que vinha de chapéu...
Carlos Fernandesilustra um texto de Angerino: «Os incríveis». Apetece dizer que devia ter ilustrado muito mais coisas...
Nas «Linhas e entrelinhas» descobre-se Tavares da Silva a chefiar a redacção do «Jornal do Congo». É divertido ver por onde andaram os amigos... E dou pelo «Correiodo coração», numa coluna. Não havia questões, apenas respostas. A secção acabaria por constituit um sucesso imenso. Hão-de ver!
A 17 de Julho, a capa insere Sophie Hardy, considerando-a «uma nova estrela». Não me consta que tenha brilhado por aí além!
Quim Cabral é notícia por ter sofrido um acidente no deserto, quando acompanhava a visita do Governador ao Sul. Mesmo com a clavícula esquerda fracturada, prosseguiu a viagem e fotografou os acontecimentos que marcaram a visita.
Soraya voltou ao +N+. Nada de especial: um filme com ela ia passar num cinema de Luanda.
Rola daSilva surge mal disposto na sua página, em desacordo com os pobres patrões, coitados, que pagavam mal aos seus empregados. Eram tempos. Que me lembre, hoje, só o Banco de Portugal paga muito bem e aumenta os ordenados, mesmo a quem lá não trabalhe! Mas, no antigamente não era assim, não, para angústia do cronista e outros tantos como ele!
Castro Lopo prossegue com o seu (dele) Paiva Couceiro, que surge em foto,na companhia do um neto e de um cão enorme, em duas páginas compactas. O cronista ameaça prosseguir...
João Fernandes e Fernando Chaves foram a S.Tomé ver S.Tomé e espreitar, estou em crer, o Príncipe. Por lá viram o que iam ver: Teatro! Teatro surpreendente, «a mais fascinante representação do teatro português», acentuou o repórter fascinado com a «tranquilidade, trabalho e alegria»!
Já sabem que o Governador foi visitar o Namibe. O Namibe era (ainda será?) uma festa, desta feita apresentado como o deserto mais habitado do mundo!O Quim
maguou-se, como sabem, mas continuou. Estiveram em Moçamedes e Porto Alexandre,que os surpreendeu, E suprendeu porque sempre tinha motivos para surpreender. Não sei se foram (porque devia ser obrigatório lá ir) à Baía dos Tigres, a mais surpreendente
das povoações angolanas. O +N+ há-de mostrar dela, dessa Baía mágica que se foi afastando da costa até virar ilha. Há-de falar, hão-de ler, eu sei...
Na Itália, Saint Maurice aproveitou para ver realidades,que não estiveram sempre interditas: os partidos políticos. Até então, nós, os portugas de aquém e além mar, não conhecíamos partidos e nem por isso eramos muito incitados a conhecer. Saint Maurice delirou, mas não se alongou muito...
De arripiar foi o título de um acidente de viação, numa estrada asfaltada, novinha em folha.Um morto, quatro feridos graves e o carro para a sucata. Como todas as coisas,os acidentes de viação banalizaram-se.
Três criaturas fêmeas na capa. Duas loiras e uma de cabelo acastanhado. São de Windoek, que ia festejar novo aniversário; e um título de chamada: «Benjamim o conservador: a história de uma pouca vergonha»! Já conto.
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