Zâmbia reforça cooperação com Angola no domínio da Defesa e Segurança
O ministro da Defesa da Zâmbia, W. Muliokela, disse hoje que a 22ª- reunião da comissão mista permanente nos domínios da Defesa, Segurança Pública e do Estado Angola/Zâmbia, com início marcado para quarta-feira, em Luanda, tem como um dos principais objectivos reforçar a cooperação entre os dois países nestes ramos.
Em declarações à imprensa, momentos após a sua chegada a Luanda, no Aeroporto Internacional "4 de Fevereiro", o ministro referiu que a Zâmbia e Angola são países irmãos e com grandes laços de amizade, mas que precisam ser fortalecidos cada vez mais em todos os domínios.
O responsável, que diz estar muito expectante quanto ao início do encontro, salientou ainda que vai debater a situação da segurança ao longo da fronteira comum, a fim de facilitar o controlo da imigração e de garantir a tranquilidade nestas zonas.
A 22ª- reunião da comissão mista Angola/Zâmbia vai passar também em revista as deliberações do último encontro, realizado em Livingstone (Zâmbia), em Outubro de 2004.
A delegação zambiana, encabeçada pelo titular da pasta da defesa, W. Muliokela, é composta ainda pelo ministro do Interior, Bates Namuyamba, generais, comissários e oficiais das Forças de Defesa e da Polícia da Zâmbia.
Esta é a notícia. A leitura é a seguinte: a Zâmbia vive uma situação de catásfrofe, com o seu presidente, Levy Patrick Mwanawasa, a tentar, desde que recebeu das mãos de Chiluba - que, inclusivé lhe financiou a campanha eleitoral - construir um poder à africana, isto é, contra tudo e todos. Contra quem não pensa como ele, contra quem possa representar alternativas à sua presidência.
A verdade é que esta é uma prática que na Zâmbia não acontecia há muitos anos. Todavia Mwanawasa tem-se comportado como um verdadeiro líder africano. O povo não existe. Nesta altura, para além da situação catastrófica no sector da saúde, educação, etc. há, agora, uma crise de energia que parou o país.
Por isso vai tanta gente a Luanda, tentando convencer Angola a fornecer combustíveis a Lusaka. Todavia, as dificuldades de Mwanawasa com Luanda são evidentes. Ele praticamente cortou as relações com Angola desde que chegou ao poder. É provável que os homens da Zâmbia aproveitem o facto de terem uma enorme fronteira com Angola para fazer pressão, mas também já parece tarde, porque haverá eleições na Zâmbia no próximo ano. Será uma reunião desesperada para os ministros zambianos.
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