No título deste post falta uma palavra. Não a escrevo porque não quero, de algum modo, fazer publicidade a um escrito - que me foi oferecido com a melhor das intenções - mas que reflecte a displicência dos nossos dias. Eu diria mesmo: o atrevimento da ingnorância. Um homem, com carteira profissional de jornalista, com um curriculum descrito no próprio livro e que o dá como repórter de várias guerras, atreve-se a um sub-título como "História das Relações Entre Portugal e Angola - Do Início da Guerra Colonial Até à Independência".
E depois, em 366 páginas, sem contar com o glossário de siglas e a bibliografia, só contam as citações. Até a organização do livro se tem pés não tem cabeça e se tem pés também não tem mãos.
E isto deve-se a um simples facto: quem tem o saber e a capacidade não está para isso. É uma grande embrulhada de mentiras. Só os anos vão dar conta delas. Entretanto, algumas editoras aproveitam o eventual interesse de um certo público ainda virado para a "saudade" e vão tentando ganhar algum dinheiro com narrativas completamente desprovidas de sentido. Que o dinheiro lhes seja leve.
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