segunda-feira, fevereiro 13, 2006

BRAVO, COMANDANTE

Da Cidade da Praia, chegam notícias da vitória da recandidatura de Pedro Pires à Presidência da República de Cabo Verde. Aqui estou, por isso, a regozijar-me com o facto e não apenas porque tenho a honra de me considerar seu amigo pessoal, mas porque reconheço nesta vitória a justiça que o Povo Cabo-verdiano lhe deve.
Pedro Pires pertence a uma pleíade notável de dirigentes africanos, particularmente de Cabo Verde, que lutou pela independência da sua terra, que a reconstruiu e, depois, a entregou ao povo, sujeitando-se de motu próprio - já que foi ele a promover as condições para tal - a eleições livres e justas, das quais saiu vencedor por duas vezes.
E sempre contra o mesmo adversário. Que não lutou por nada e apenas aproveitou aquilo que os outros construiram para enriquecer, a ele e aos amigos.
As sucessivas derrotas de Carlos Veiga significam, por um lado, que os cabo-verdianos estarão, finalmente, livres dele - não acredito que volte a candidatar-se ao que quer que seja - e, por outro, uma verdade: só conseguiu ganhar eleições, aproveitando, em 1991, a confusão, beneficiando do impulso dado pelo PAICV para o multipartidarismo e dos panfletos anónimos, miseráveis, que apontavam ao PAICV e aos seus dirigentes, acções verdadeiramente inacreditáveis. Tão inacreditáveis que nunca conseguiram ser provadas.
Por tudo isto, BRAVO, COMANDANTE PEDRO PIRES.

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