Mas, hoje não foi possível.Num dos canais nacionais falou-se do lançamento de um livro sobre Savimbi, dos seus últimos meses, bla..bla..bla. E Eu tive que ouvir. Tinha cerimónia em casa, não podia fazer nada do que habitualmente faço, nem abandonar a sala. E engoli aquilo tudo, até mesmo Mário Soares a dizer um chorrilho de disparates sobre o seu grande amigo Savimbi: " que tinha lutado até à morte, com fome e não sei que mais, não pelo poder, não pelo dinheiro e não por mais não sei porquê. Acho que não chegou a dizer que o homem lutou pelo povo...se o disse, pelo menos, nessa altura, tinha conseguido desligar o cérebero - que é outra maneira.
Mário Soares, que apoiou Savimbi a mando da Internacional Socialista, depois de 1975, que durante os acordos do Alvor manobrou a favor da UNITA, continua a querer manipular a oipinião pública, esquecendo-se de um pormenor importante: depois que Savimbi foi morto, numa guerra que ele desencadeou e durante a qual foram destruidas várias cidades e mortas centenas de milhares de pessoas - não houve mais tiros, deixou de haver guerra.
Afinal quem a fez, quem a queria? E os diamantes que serviam de sustento a traficantes de armas, aventureiros de todo o tipo, estão aonde?
Porque é que Mário Soares volta sempre ao "freedmon fighter" a propósito de Savimbi e não percebe que Angola, esteve sujeita durante quase trinta anos a um poderoso psicopata assassino?(Há mais de vinte anos que escrevi isto mesmo e a TSF "varreu-me" do seu naipe de especialistas porque algum tempo antes da morte de Jonas Malheiro, repeti a afirmação).
Alcides Sacala tem todo o direito de escrever a sua própria epopeia e evocar os seus demónios, mas ... Mário Soares, esqueça Angola. Dele e de Savimbi, sobretudo - evidentemente - deste, Angola só conheceu mentira e desgraça.
1 comentário:
A cantar: diamonds are forever...
Enviar um comentário