Começou por ser um repto, mas pode transformar-se num desafio, num toque a reunir de uma enorme tribo destribalizada mas sobrevivente, num grito de quem reivindica o direito ao passado e, de raízes ao léu, consegue identificar, lá longe, o sítio aonde pertencem. "Essas raízes não mergulharão noutra terra" - dizia a feiticeira das margens do Cunene
domingo, setembro 21, 2008
O Respeito Por Uma Vitória
terça-feira, setembro 09, 2008
MPLA - Uma Vitória Respeitável
sexta-feira, setembro 05, 2008
Um dos Tabus da Nossa História
E porquê? Pela mesma razão que levou o regime fascista a castigar o administrador de posto, posteriormente promovido à condição de intendente e ainda de inspector, Custódio Ramos.
Ao Expresso e à comunicação social portuguesa de uma maneira geral não convém mexer neste passado. O que convém a todos é a ideia de que os portugueses "africanos"eram todos uns bandidos e uns exploradores de escravos e, por isso, as acções de terrorismo a que foram sujeitos não foram nada disso, constituiram o começo de uma guerra justa, embora iniciada contra uma população pacífica e desarmada.
Aos donos de hoje, que mandam nos saloios, convém manter essa versão dos acontecimentos para não correrem o risco de lhes cortarem o acesso aos negócios milionários e pouco claros da chamada "elite" angolana, a proceder à "acumulação primitiva" de capital.
Os "donos" de hoje conhecem a História de 1961; alguns deles provocaram o descontentamento em cima do qual se desenvolveu a ideia de massacrar os brancos - "o inimigo".
Os "donos" de hoje também já regressaram a Angola e estão a aproveitar da "acumulação primitiva" de meia dúzia de corruptos para reassumir, ainda que de forma mais discreta, mas mais rentável, a posição de outros tempos, dos tempos em que - eles sim - promoviam a escravatura na mais rica "provincia ultramarina"do império salazarento.
Estes dois relatórios podiam ser o ponto de partida para que os portugueses soubessem parte da verdadeira História dos portugueses de África e percebessem, de uma vez por todas, que os crimes do regime fascista não se ficaram pelas prisões arbitrárias, pelos assassínios políticos e pelo controlo absoluto da informação.
O regime colonial fascista português negou aos portugueses a possbilidade de viverem noutras paragens, em harmonia com toda a gente, promovendo o desenvolvimento e o bem estar para todos, no respeito dos direitos de todos.
Hoje ninguém quer saber disso. Já lá vão quase cincoenta anos e a verdadeira exploração só agora principiou.
É por isso que "Sobreviventes e Ignorados" é um texto seguramente incompleto e deixa aquele sabor " a pouco"...