Este "Africandar" ,para o qual tenho tido pouco tempo, tem-me dado algumas alegrias. Sobretudo porque através dele tenho chegado a amigos cujo paradeiro tinha perdido. Desta vez foi o Miguel Rego que me encontrou no "Africandar" a partir de Moçambique.
O Miguel Rego tinha não mais de 18 anos quando apareceu no "África", ainda na Rua Gomes Freire. Ele e a Valentina - queriam ser jornalistas. Ficaram nossos estagiários e fizeram parte da equipa a sério. Foi através do "África" que ambos tiraram a carteira de jornalistas, o tal documento que naquele tempo não servia para nada, parecia uma carteira de escuteiro. Agora serve para algumas confusões... Por exemplo não sei como é que proprietários de produtoras independentes de televisão têm carteira profissional e, ao mesmo tempo, apresentam telejornais e fornecem as estações em que trabalham de produções externas...
Isto foi só um parêntesis - é o hábito.
Voltando ao Miguel: depressa se revelou um jovem cheio de talentos e uma peça fundamental da equipa, que aos poucos foi crescendo com gente como o Rola da Silva, o Leonel Cosme, o Fernando Alves, a Ana Consolado, Alfredo Margarido, Mesquitela Lima, João Van Dunem, Loja Neves e até o Manuel Delgado e o Agualusa e tantos outros.
Foi o Miguel o protagonista de um casamento realizado na Redacção do "África", já na Possidónio da Silva, com o objectivo de ajudar uma colega a obter um crédito bonificado para comprar casa, uma estória a quye me refiro em "O Romeiro"
De repente, o Miguel desapareceu, fui sabendo notícias: tinha-se cansado do jornalismo e tinha começado a emprestar o seu enorme talento criativo à publicidade. E continua: é o Creative Director da Olgivy, em Moçambique.
Está entusiasmado lá pelo Índico. É normal: um Miguel Rego com aquela cabeça não podia continuar por aqui a debater-se com a mediocridade que sempre procura atirar para debaixo do tapete o talento.
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