Para quem não conhece ou não acompanha de perto ertas realidades de alguns países africanos, como, por exemplo, Angola, a notícia de que a TAAG, a sua companhia aérea, tinha entrado na lista negra da União Europeia e, por isso, os seus aviões não podem voar para os países europeus, deve ter sido um choque. Mesmo porque, ultimamente as palavra que mais acompanham Angola são "progresso" e "crescimento".
Como é que um país em crescimento e em progresso pode ficar, de repente, nesta situação vergonhosa e causadora de prejuízos incalculáveis?
A resposta é simples: os tais crescimento e desenvolvimento só dizem respeito a quem não precisa de utilizar as estruturas que podem considerar-se como definidoras da normalidade do país. É gente que está acima de tudo, incluindo da necessidade de um bilhete normal para um avião normal para uma viagem, que, em muitos casos, é a primeira ou uma de muitos em muitos anos.
A crise dos aviões revela, de uma outra maneira, a realidade de um país que mais de trinta anos depois de ter declarado a sua independência nacional está cada vez mais dependente de um grupo de gente verdadeiramente insasiável no seu desejo de ser cada vez mais rico e estar cada vez mais longe da triste realidade de um Povo que não vê alternativas nem para os netos.
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