terça-feira, agosto 17, 2010

+N+ 64/4

O Rola insiste em confundir-me. Diz que o Benfica é (era)como o Porto!!! Ganhava que se fartava e já era campeão, mesmo sem ter vencido um grande! Oh!Pá! «esse» Benfica devia ser outro...
Peyroteo voltou a Angola como monitor desportivo, ainda rotelado de «maior goleador português e o mais implacável dos cinco violinos».
Cruzeiro Seixas doou à Cuca a sua colecção de Arte Humilde. Uma colecção extraordinária, cuja dita, espero eu, tenha sido preservada!
Rola da Silva continuava visionário e mandou para Luanda crónica intitulada: «Um Real Madrid, que ressurge das cinzas e um Benfica cuja vantagem é ter extremos. Vamos lá explicar ao Rola: o único extremo do Benfica joga em Espanha;e o Real de Madrid ser posto fora da Europa!...
A morte de Kennedy em forma de folhetim.Ainda assim faz impressão, quase meio Século
dpois...
Francisco Relógio esteve em Luanda, a caminha de Moçambique,onde ia terminar um mural para o novo edifício do BNU. E a responder ao +N+, decerto inquirido por Tavares da Silva, dada a familiaridade do tom da entrevista. Os pintores grosso modo pintam. Raramente escrevem. Mas falam! É pena! Relógio disse que em Angola não havia pintura. Disparate.
A meio de Março era o Cubal a justificar a capa militarizada. A reportagem com os militares é de Emílio Filipe e devem ter sido dele também as imagens distribuidas por oito páginas de excelente reportagem. Na mesma edição o «Diabo» defendia o direito de não estar personalizado e divertia-se com algumas alusões que poderiam ser ou não do criativo criador...
Mas a 24 de Março, Tavares da Silva some-se da ficha técnica. Charulla de Azevedo mantinha-se como director-adjunto e Acácio Barradas, como chefe de redacção.O mesmo Acácio haveria de assistir à queda do avião que deveria tê-lo transportado se...
Há sempre um destes «ses», mais ou menos milagrosos! E o Acácio foi capaz de contar, quero crer que com lágrimas nos olhos, o trágico acidente e guardar na memória as vítimas que ele esteve prestes a acompanhar...
Uma página com título sobre Malangatana não era, na realidade, sobre o pintor moçambicano, mas uma forma atrazada e atabalhoada de retorquir às asneiras do "Xico das Horas" (Francisco Relógio) sobre não haver pintura em Angola.
A 28 de Março, e num texto não assinado, especulava-se sobre se Jacqueline Kennedy poderia, ou não, vir a ser presidente ou,no mínimo, vice-presidente, dos states. Era cedo ainda. Blá-blá puro e simples. Seguiu a vida dela. Voltou a casar, viu-se grega, por assim dizer. Voltou a enviuvar e ficou bem na vida, até perecder...
Três páginas com Brigitte Bardot, quase vestida, de férias no Brasil! Já em Abril.Por cá (lá) José Trincheira assegurava a «Festa Brava» em Luanda. Um +N/Juvenil+, com duas páginas, surgia como uma aposta.
A transportadora francesa U.T.A. trouxe (levou) a Luanda um grupo de turistas.Podia, então,entender-se como o reconhecimento externo da segurança, o suficiente para usufruir férias tropicais.Os turistas diveriram-se e abalaram satisfeitos. Outros estavam na calha...
...E Mocâmedes esteve em foco durante três semanas de festejos.Fogo de artifício iluminou a noite de S. Pedro. O enorme Fernando Chaves entregou ao +N+ «bonecos» bem esgalhados. E uma história que de cor de rosa nada teve.Uma menina de 4 anos, vendida pelo pai, africano, devia ser entregue ao «cliente» aos 14.Educada num convento, escreveu cartas. E por ela se escreveram outras cartas. Deus sabe para onde. De Espanha veio resposta. Foi pago o «resgate» (uns vinte contos!) e uma bolsa de estudo,oferecidos pelo genro de Franco! Que merda de Censura era aquela, que deixou publicar tal vergonha? Oh! É como dar carta a quem atropele crianças! Censor e juiz torna-se uma correlecção!
Capa alegre, com Sylvie Vartan a iluminar o tom escuro à sua volta...
E, afinal, Diamantino Viseu e José Trincheira viram-se aflitos para sair da Praça, onde não tourearam, porque o empresário nãolhes oagou a tempo e horas. E horas tristes se seguiram! O empresário não cumpriu;nem os toureiros.Uma vergonha para todos...

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